quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Viagem Chile (Janeiro 2008) - Parte I

Aproveitando o embalo sobre os dois últimos posts sobre viagens sul-americanas, vou tentar fazer um flashback e descrever um pouco sobre a viagem que fiz ao Chile em janeiro de 2008.


O Chile é um país que possui uma geografia muito louca, afinal o lugar mais seco do planeta fica lá, que é o Deserto do Atacama ao norte do país, e o sul com um clima mais alpino encontra-se a famosa Região dos Lagos e as geleiras na Patagônia. Do calor infernal ao frio abaixo de zero em um único país, não é qualquer lugar que tem esse privilégio.


Três produtos que o Chile mais exporta (não necessariamente nessa ordem): vinho, salmão e cobre.
Vinho mesmo é uma coisa de louco, muito barato de comprar e um vinho melhor que o outro.
Lá você encontra vinho em tudo que é tipo de embalagem. Tetrapak de 1 litro (tipo de leite), Tetrapak com torneira,  Tetrapak tipo caixa de Nescau e Toddy essa aí fazia parte do café da manhã praticamente, hahahaha.
E os vinhos ditos populares de lá são muito (mas muito) melhores que os nossos populares daqui.
Outra bebida bem popular por lá é o pisco que é uma cachaça feita da ..., adivinhem! Uva é claro.
O pisco é o principalmente elemento do drink Pisco Sour ou Pisco Sauer. Quando estiver por lá não deixem de beber algumas (lê-se várias) doses.
Lá comprei uma garrafa de pisco no formato de um moai da Ilha de Páscoa.


Garrafa de Pisco Sour
Bem, vamos ao relato.
A minha viagem ocorreu entre os dias 03/01 até 14/01 de 2008 e visitei 4 cidades: Santiago, Valparaíso, Viña del Mar e Púcon. Vou dividir o relato em mais de um post senão ficará enorme e confuso, rsrs.

Santiago

Em Santiago inicialmente fiquei no Bellavista Hostel que fica no bairro Bellavista (coincidência não? Rsrs).
O bairro é legal, vários barzinhos, tem uma praça muito bacana (ela é toda cercada e tem portões também) com várias lojas com artefatos locais e restaurantes.



Porém não fui muito com a cara do hostel, não gostei nem um pouco do café da manhã e da estrutura interna do local, o hostel é até bem cotado no site do Hostelworld e conheci pessoas que ficaram lá e gostaram, mas quando fui não achei tudo aquilo que falaram. No fim das contas achei ele muito parado, hehe.


No dia seguinte já estava procurando outro hostel para ficar e achei um chamado Che Lagarto, esse pertence a uma rede e possui unidades em várias cidades na América do Sul, inclusive Floripa.
O hostel de cara já me agradou mais, era maior por dentro,  fica na rua Tucapel Jimenez perto do palácio presidencial La Moneda, bem próximo a uma estação de metrô (Los Heroes) e ia pagar o mesmo valor que no outro.
Se não me engano, eu acabei me mudando no mesmo dia e foi a melhor coisa que fiz, no hostel tinha uma galera muuuuiiiiittttoooooo mais animada, era festa todo dia, minha estadia por lá foi bem divertida. Conversei com um pessoal muito gente boa que estavam no hostel.


Assim como faço em todas as minhas viagens andei muito a pé por lá para ver a cara da cidade, acho isso fundamental, principalmente nos primeiros dias. 
Palácio La Moneda, Centro Cultural do Palácio La Moneda, Museo de Arte Precolombino, Catedral, Mercado Municipal, teleférico no Cerro San Cristobal, Cerro de Santa Lucia, bairro Suécia (um bairro muito bem arborizado e cheia de casas bonitas) que é uma das ponta do teleférico a outra fica no bairro Bellavista e tem que subir o Cerro San Cristobal de funicular (famosos elevadores que sobem em diagonal sobre trilhos), Parque Arauco (região mais moderna com várias lojas, shoppings, etc)
Do teleférico da para ter uma vista muito legal da cidade e da Cordilheira dos Andes.




Funicular
Alto do Cerro San Cristobal

Alto do Cerro San Cristobal
Palácio Presidencial La Moneda
Um dos dias em Santiago eu fiz um citytour chamado Turistik com aqueles ônibus de 2 andares (primeira vez que tinha feito um citytour, rs) ele tem um trajeto na qual você pode descer nas paradas e depois subir novamente mais tarde (a cada 30 minutos passava um ônibus). Foi um passeio bem legal e o ingresso dava algumas benefícios como degustação de vinho na loja El Mundo Del Vino (é uma rede grande por lá, a unidade que eu fui era enorme) e a atendente dava um apanhado geral sobre os vinhos produzidos no Chile, região das vinícolas, uvas, etc. Achei muito bacana essa parte, hahaha. Vale a pena ir nessa loja, fica na Av. Isidora Goyenechea, 2931.


Na loja El Mundo del Vino
Outro lugar imperdível, ainda mais para quem gosta de vinhos é visitar a sede da vinícola Concha y Toro.
É um lugar bem bonito, enorme, fica a 27 km ao sul de Santiago, dá para ir de metrô e depois pega um taxi, saiu barato pois de carro não é longe (da estação que desce até a Concha y Toro).
A vinícola lá da sede é "pequena", é mais um centro turístico mesmo, hehe. 
A real vinícola da Concha Y Toro fica no vale dos vinhos, que fica mais ao sul.
Na época paguei 6 dólares pelo tour, hoje está 12 dólares (olha a inflação, hehe) e vale muito a pena.
Tem tour em inglês e em espanhol. No início do tour cada um ganha uma taça grande de vinho com o nome Concha y Toro gravado e teve a degustação de 3 tipos de vinhos. Imagina o trampo que foi trazer essa taça inteira na bagagem de mão no avião.
No tour os visitantes conhecem o famoso local aonde o fundador da vinícola guardava seus melhores vinhos e falava para seus empregados que ali hospedava o diabo afim de evitar roubo de garrafas que era um problema que ele estava tendo. História que virou um dos vinhos mais famosos da marca, o famoso Casillero del Diablo. 
Hoje a Concha y Toro não pertence mais a família que fundou a vinícola, porém as tradições e história são bem mantidas pelos atuais proprietários.


O lugarzinho gelado...

Olha o diabo lá no fundo.
De forma bem, mas beeeeemmmmm resumida, o meu relato de Santiago é esse.
Achei o ar lá um pouco carregado (poluição) um dos motivos é que a Cordilheira do Andes favorece para que a poluição não se dissipe e fique concentrado sobre a cidade. Discovery Channel, hehe.
É uma cidade legal, mas na minha opinião perde em vários sentidos (lugares para visitar e beleza principalmente) para Buenos Aires. 
Mas indo ao Chile não tem como não passar uns 3 dias por lá.

Continua...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Mochileira debutante: Buenos Aires

Não existem verdades, existem experiências e interpretações. Nas viagens, como na vida, também é assim. Baseada nisso, falarei um pouco sobre a minha experiência em Buenos Aires, ora complementando, ora contrapondo o relato postado pelo Moisés.

Argentino não gosta de brasileiro?

Há argentinos que não gostam de brasileiros (muitos), há os que gostam, há brasileiros que não gostam de argentinos (muitos) e há os que gostam (há?). Simples assim. Mas o fato é que os serviços em geral, na capital porteña, são precários. Só fui bem atendida no Café Tortoni, no restaurante japonês dentro do Jardim, adivinha, Japonês e em restaurantes onde o garçon queria nos levar pra dançar tango. Em geral, eles demoram pra te trazer o cardápio, demoram pra tirar teu pedido, demoram pra trazer teu pedido e demoram pra trazer a conta. É assim. Não cobram 10%. Você deixa uma gorjeta nesse valor se quiser, debaixo do prato. Resumindo: você não tem muitos gastos com gorjetas.

Argentino gosta de brasileira?

Sim, eles gostam. Principalmente se você fizer um preço baratinho. É isso mesmo. Em geral, eles tratam as mulheres brasileiras como prostitutas. Fiquei bastante surpresa e desapontada com isso. De fato, é impossível disfarçar nossa brasileirice. A forma como as argentinas se vestem é bastante diferente, sóbria, sem decotes, mesmo entre as garotas mais jovens. As brasileiras não né, numa cidade onde a temperatura no verão gira em torno dos 35ºC, elas andam de short curto e decote, ora. O problema é que eles não entendem a diferença entre uma roupa coerente com o clima e uma roupa provocante. Simplesmente não tente explicar. O único lugar onde fui bem tratada pelos homens foi numa milonga no La Viruta. Lá, sim, pude conhecer homens gentis. Aliás, aproveito esse tópico pra comentar algo que achei bem curioso. Não sei qual é o protocolo de namoros e afins entre os argentinos. Eles te conhecem, conversam com você, mas não trocam contato. Simplesmente incompreensível. =P

Preciso do meu passaporte para viajar para a Argentina?

Tudo o que o Moisés disse no post anterior está perfeito, mas complemento que, se for levar o RG ao invés do passaporte, observe a data de validade do documento. Ele não deve ter mais do que dez anos desde a data de expedição. Se você for de ônibus (como eu fui), deverá entregar seu documento ao motorista quando chegar na aduana. Ao passar, ele te devolverá o documento e o visto de entrada no país. É um papelzinho medíocre, mas GUARDE, pois você vai precisar apresentá-lo na volta, ao passar novamente na aduana.

Vou morrer de calor em Buenos Aires?

Depende. Se você for finlandês, vai. Se for catarinense, carioca ou nordestino, jamais. Lá faz calor, mas o clima é seco. Você não sua. Pra quem mora no litoral e enfrenta verões úmidos como eu, vai se sentir no céu.

Vou de avião ou de ônibus?

Vá de avião. Aconteça o que acontecer, esteja o preço que estiver, vá de avião. Fui de Florianópolis a Buenos Aires de ônibus e, embora tenha economizado cerca de R$400,00 em passagens, me arrependi. Acho que a única vantagem é poder trazer produtos alimentícios sem encheções de saco de aeroporto. Mas é só. A viagem, que deveria durar 24 horas, acaba durando muito mais em função da parada na aduana. Fui de Pluma Internacional. Ônibus desconfortável. Ficou 12 horas sem parar. Chegando em Uruguaiana, parecia uma praça de guerra, de tão sujo que estava. Houve momentos em que pensei que estava dentro de um livro do Kafka, dadas as baratas transitando pelo chão. Mas a volta foi ainda pior: 30 adolescentes argentinas que não pararam de falar um minuto. Nessa hora, saí do livro do Kafka e fui parar num estádio de futebol na África do Sul com 100 mil vuvuzelas. Ao contrário da ida, o ônibus parou milhares de vezes. As 24 horas se converteram em umas 29. The horror, amigos.

Levo reais do Brasil ou saco o dinheiro em Buenos Aires?

Aconselho, sim, levar todos os seus reais do Brasil e trocá-los por pesos no Banco de La Nación, que fica em frente à Plaza de Mayo e ao lado da Casa Rosada. Quando fui, havia uma fila enorme. O câmbio abre às 10 da manhã. É o lugar onde o câmbio fica mais favorável pra gente, então, mesmo que haja fila, vale a pena trocar lá. Minha amiga não levou reais do Brasil, optou por sacar em pesos nos caixas eletrônicos de lá, do cartão de crédito. Eu não aconselho muito. Os juros são altos, os caixas eletrônicos são meio complicados e é difícil encontrar orientações. Somente mesmo no Banco do Brasil eles te dão alguma, mesmo assim, minha amiga não conseguiu de primeira, teve que voltar lá e pedir mais detalhes sobre como proceder. Mas, enfim, querendo fazer isso, você terá que procurar qualquer banco que tenha caixa eletrônico do Banelco ou Link. No próprio La Nación tem. (Ah, o banco é lindo, viu, você vai sentir vontade de fotografar por dentro, mas não é permitido! hehehe).
Encontramos uma bancária mineira que nos disse que era vantajoso trocar reais por euros e euros por pesos em duas casas de câmbio da cidade. Disse que o ganho era de mais ou menos 900 pesos. Mas como não queríamos rodar a cidade atrás de casa de câmbio, não o fizemos. Mas fikadica. =P

Onde devo comer em Buenos Aires?

As condições de higiene lá não são como as nossas. A gente estranha muito. Sério. Eu praticamente só comi pizza lá, porque é o que dá mais coragem. Os sabores são bem variados: muzzarela, muzzarela com jamón (presunto), muzzarela sem tomate, napolitana, napolitana com jamón, napolitana sem tomate. =P
Não tomei nenhuma cerveja gelada lá. Acho que é cultural. A água mineral é salobra, tem muito sódio, você vai estranhar. Procure comprar da Nestlé, que é melhorzinha. Há algumas marcas que trazem menos sódio, cheque o rótulo.
Comer e beber lá não é barato. Gastei mais do que havia planejado. Quando você for ao Café Tortoni, aproveite e coma e beba bastante! É limpo e lindo, vale a pena mesmo! Quando fui, havia uma grande fila pra entrar, mas, para minha surpresa, quando entrei, havia mesas sobrando. Penso que a fila era só marketing. De qualquer forma, você não se arrepende. Fui no fim da tarde e foi ótimo, mas também há a opção de assistir aos shows noturnos de tango, que não são caros, em vista dos outros que rolam pela cidade (no Tortoni, custa 80 pesos, como o Moisés já havia informado no post anterior). 
Já em supermercado, a comida é bem barata (assim como produtos de higiene etc). Se tiver onde preparar sua comida, vale a pena.

O que devo (não) visitar?

Aconselho que você faça um city tour logo no primeiro dia. Se estiver indo por agência, geralmente esse item já está incluso, mas se estiver indo independente e quiser fazer um, pegue o onibuzinho amarelo (conversível! \o/) do By Bus que sai da Calle Florida, próximo à catedral. Você pode comprar a passagem pela internet ou lá mesmo na Florida. O passeio custa 70 pesos para um dia ou 90 pesos para dois dias. Acho que vale a pena comprar o de dois dias, pois você pode aproveitar e ir de um ponto a outro sem se cansar demais. Esse ônibus passa por todos os bairros e pontos turísticos, você pode descer e subir a hora que quiser porque ele passa de 20 em 20 minutos nos pontos próprios. Aconselho dar a volta toda primeiro e na segunda volta descer onde interessar. Porque se você descer de cara no Caminito, que é uma das primeiras paradas, já acabou seu dia, amigo. Você não consegue sair de lá, de tão lindo, tanta coisa pra ver e comprar.

Feira de San Telmo (aos domingos): junto com o Caminito, meu lugar preferido de Buenos Aires. Aliás, minha casa em Buenos Aires. Fiquei hospedada no Tango Hostel, nesse mesmo bairro, na Calle Chacabuco, uma rua enorme que corta a Independencia e é paralela à Calle Defensa, onde começa a feira. Só recomendo cuidado e atenção nesse lugar: é uma tremenda aglomeração de pessoas e coisas, você fica completamente abobado. Eu fiquei, e saí de lá sem a minha máquina fotográfica. Porém, na Defensa comprei meu item mais valioso de Buenos Aires: um chapéu Bombín. Há várias lojas de chapéu lá, fiquei encantada!

Caminito (La Boca): Acho que dispensa apresentações. É tudo o que falam, sim. Vá, fique uma tarde inteira, fotografe tudo, compre tudo. Deixe-se atacar pelos dançarinos de tango e tire fotos com eles em posições de dança (10 pesos). Visite o Museo de Cera, que é bonitinho. Mas lembre-se de não sair do perímetro turístico, pois é um bairro meio perigoso.

Palermo: Prepare-se pra andar bastante nesse bairro. É grande e bonito. Como é meio longe, vale a pena ir de metrô. Desça na Plaza Italia e comece o passeio visitando o Jardim Botânico, o zoo, os lagos, o Jardim Japonês. Em Palermo, fizemos um passeio de charrete pelo bairro e pelos lagos, muito divertido! Custa 80 pesos (dividido em quantas pessoas estiverem com você). Descemos no Rosedal, que é lindo, e, de lá, voltamos a pé para o zoo.

Recoleta: Visitei apenas o cemitério, mas nem teria me feito falta caso não tivesse ido. O túmulo da Evita é decepcionante, em relação a outros suntuosíssimos. A igreja é bem bonita, o altar é todo de ouro.
Se você gosta de comprar, há vários outlets nesse bairro. 

Belgrano: As tais Barrancas de Belgrano não passam de uma espécie de praça. Há uma glorieta (uma espécie de coreto) onde as pessoas dançam tango aos domingos, a partir das 18h. Além disso, há o Barrio Chino, que é uma 25 de março menor! Nada demais. Belgrano é um bairro bonito, mas dispensável, além de longe.

Estádios de futebol: Não fui ao estádio do Boca (La Bombonera) e no do River (Monumental de Nuñez) só tirei foto na frente, porque uma visita de 10 minutos de duração custava 35 pesos. Eu já estava pobre e optei por não entrar. Mas, caso queira, fica em Belgrano também. Aconselho pedir informação para velhinhos, pois, de resto, é difícil quem saiba indicar o caminho pra lá (são várias quadras a partir das barrancas). A não ser que eu tenha dado azar e tenha pedido informação para boquenses! =P

Centro: No centro (que engloba Montserrat, San Nicolás etc) há várias coisas pra ver e comprar. A Calle Florida é imensa, mas consegui comprar mais coisas nas banquinhas de rua do que nas lojas e galerias.

E, claro, não deixe de visitar a livraria El Ateneo. Eu não a visitei e agora me puno com 5 chibatadas todas as noites.

Porto Madero: Confesso que achei meio sem graça, mas não é um lugar exatamente dispensável. Lá há a fragata Sarmiento, que é um navio-museu, bacaninha de visitar, 2 pesos a entrada. Há, também, o Cassino Flutuante no dique 1, que à noite deve ser lindo (só vi de dia e não entrei). Se você vir em roteiros e guias um tal de Monumento ao Tango, não se empolgue: ninguém conhece e é uma coisinha de nada.
  
Que passeios devo fazer?

Os turistas vão muito ao Delta do Tigre. Eu não fui porque era feriado no dia que eu tinha livre pra isso (1 de janeiro). Mas dizem que vale a pena. Leve roupa de banho, se for. 
Outro passeio que deixei de fazer por falta de grana foi pra Colonia del Sacramento, cidade tombada pela UNESCO, no Uruguay. Dizem que é lindo, mas realmente ficou meio caro (só a passagem de barco, uns 200 pesos).

Como é o transporte em Buenos Aires?

Caso você ainda não tenha, aconselho comprar o guia de bolsillo logo que chegar. Tem em todas as bancas. Ele traz mapas da cidade (que você vai decorar!), o mapa do metrô e guia de ônibus. O transporte lá é muito bom. Ônibus custa em média 1,20 peso. Você entra pela frente e insere as moedas de peso. Não aceita notas, porque não tem trocador. Mas se você inserir moedas maiores do que o valor da passagem, ele te devolve o troco. O metrô também é barato.
É preciso ficar ligado é com os taxistas. São enrolões. Adoram dar voltas a mais pela cidade pra te cobrar o dobro. Fique atento. Tente demonstrar que sabe onde está indo. Se perceber que ele está dando voltas, mande parar e desça. Aconselho pegar os táxis que possuem telefone e aquele triângulo branco em cima, pois são credenciados e fazem parte de uma central. De qualquer forma, é sempre bom perguntar quanto sai mais ou menos até o lugar onde você deseja ir antes de entrar. Por exemplo, fiquei em San Telmo. De lá até Palermo é longe. O valor médio é 30 pesos. Na noite de réveillon, os taxistas estavam fixando preços: 150 pesos, 100 pesos, até que encontramos um que cobrou o valor do taxímetro mesmo, ou seja, 30 pesos. Não se acanhe em perguntar, dizer não, até encontrar um confiável. Há milhares de táxis espalhados pela cidade.

O que devo fazer à noite em Buenos Aires?

Se você gosta de tango pra assistir, procure uma tanguería, tango show etc. Há inúmeros e os preços variam bastante. Se você, como eu, gosta de tango pra dançar, procure milongas, como o La Viruta, que fica em Palermo e é excelente. No sábado, acontecem aulas até às 23h (pra iniciantes também) e depois começa o baile. Toca tango, rock e salsa, tudo pra dançar a dois. É bem divertido. Entrada 25 pesos.
Balada com música eletrônica lá se chama boliche. Costumam começar tarde e ir até o amanhecer.
  
Curiosidades:

  • Os talheres às vezes são cobrados (em média, 5 pesos o par). Chamam-se "cubiertos", então atente ao cardápio. Se você for comer comida japonesa, os hashis também são cobrados, às vezes.
  •  Banheiros costumam não ter trancas lá, cuidado! Nem cesto de papel.
  • Não chame os homens na rua de “moço”, pois mozo pra eles é garçon. Nem chame as mulheres de gringas, pois gringa é p***. =P
  •  As tomadas são diferentes lá, aconselho levar adaptador. Aproveite e leve também uma lanterna, pois são comuns longas quedas de energia na cidade.
  • Telefonar em Buenos Aires é uma aventura. Se quiser ligar para o Brasil, terá que comprar um cartão telefônico internacional em lojas específicas, pois nos kioskos (lojinhas especializadas em porcarias comestíveis e bebestíveis) e bancas de revistas eles vão te olhar com cara de incompreensão se você falar em "tarjeta telefonica". Melhor mesmo é não telefonar. Você está de férias, da família, inclusive. =)
  • A relação dos argentinos com os animais é, digamos, bastante peculiar. Não estranhe se vir gatos dentro de padarias, cachorros dentro de kioskos. Perfeitamente normal, certo? OK, não.