sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Últimos dias em Londres e retorno para casa

No nosso penúltimo dia em Londres, como de costume lavamos roupa pela parte da manhã para poder voltar com as roupas limpas para o Brasil. 

De tarde fomos ao encontro da Carla, amiga do Moisés (agora minha amiga também, hehe), seguidora desse humilde blog e que está fazendo mestrado e morando em uma cidade (que me fugiu o nome) a uma hora de trem de Londres.

Nos encontramos no Museum of London (entrada gratuita assim como os outros museus da cidade). O museu conta a história da cidade de Londres desde a fundação até os tempos atuais. Uma das coisas mais legais nesse museu era uma parte do muro que cercava a cidade na época em que os romanos fundaram a Londinium (nome da cidade na época da fundação). Eu não sabia, mas na sua fundação toda a cidade era cercada por esse muro. 

O tour teve a assessoria da Carla que nos contava principais detalhes dos principais itens do museu. Muito legal conhecer um pouquinho da história de Londres. Achei o museu bem rico na sua exposição, aliás, isso é uma característica bem comum nos museus Londrinos.

Após a visita pelo museu, passamos pela Milenium Bridge, ponte construída como parte das comemorações da virada do milênio em direção ao museu de arte moderna Tate Modern. No caminho pudemos apreciar a paisagem do rio Tâmisa e ver também o teatro que William Shakespeare apresentava as suas peças.

No Tate Modern o que mais me deixou impressionado foi a exposição de uma mesa e cadeiras gigantes, isso mesmo, GIGANTES. Para se ter ideia do tamanho, qualquer adulto passava por debaixo da mesa andando normalmente. Não temos fotos pois não era permitido fotografar dentro do museu.

Após o tour pelo Tate Modern seguimos em direção para um pub (também me fugiu o nome, ajuda ai Carla) que fica próximo ao Museum of London. Na entrada percebemos que o pub estava tomado por executivos e executivas embecados fazendo o seu happy hour.
No pub trabalha o Cristian, brasileiro, catarinense, mais precisamente de Tubarão. Mundo pequeno esse. Pessoa muito gente boa que nos atendeu super bem.

Para começar a brincadeira pedimos pints de Guinness e ficamos bebendo e batendo um papo bem legal. Comemos uma porção de nachos (muito boa por sinal), tinha um molho mesmo que quase saia lágrima do olho, hehe. Ficamos conversando e bebendo por algumas horas no pub. Momento muito agradável e divertido. :)

Agradeço a Carla pela companhia que nos fez e por nos guiar pelos museus, hehe. Muito legal te conhecer. Beijos para ti Carla.

No nosso último dia na cidade, que achei a mais organizada e educada de todas que passamos, fomos ao British Music Experience. Museu da música, mais precisamente do rock. Fica na O2 Arena, ambiente muito utilizado para a realização de shows e é quase um shopping também, com uma praça de alimentação bem grande e com várias lojas.


A tecnologia utilizada nesse museu é de impressionar, depoimentos, trechos de músicas com comentários sobre a sua letra, compilações de shows e diversas outras coisas. Tinha até instrumentos (guitarra, baixo, bateria) disponíveis para tocar. Quem gosta de uma boa música não pode deixar esse museu de fora do roteiro.

Após o museu do rock, seguimos em direção ao Royal Obervatory Greenwich. Lá passa o primeiro meridiano criado pelo homem. O meridiano de Greenwich (dãa o meridiano do Equador que não podia ser, hehe), que separa o Ocidente do Oriente.

Muito bonita a região do observatório e tivemos a companhia de vários esquilos presentes no parque.

No dia seguinte nos restou pegar o avião para voltar para casa. Devido ao horário (6:30 da madruga) do nosso voo de Londres para Amsterdã fomos para o aeroporto Heathrow às 23:00 do dia anterior e ficamos comendo, bebendo, arrumando a mala e navegando na Internet. O tempo passou rápido até. O voo saiu no horário e em Amsterdã embarcamos no Boeing 777 da KLM que também saiu no horário. Na longa viagem de volta (12 horas) foi uma sessão forte de filmes, bebida e comida, hehehe. Não consegui dormir muito no voo e acabei vendo 4 filmes.

Chegando em Guarulhos (no horário que estava estimado) só foi função atrás de função, é passar pela imigração, pegar mala, passar pela receita federal, fazer check-in, despachar mala, ir para o portão de embarque e como diz o Moisés: tira a bota, tira jaqueta, tira moeda, tira mochila, abre mochila e por aí vai até pegar o nosso voo para Floripa que saiu com mais de uma hora de atraso(o aeroporto tava uma loucura e uma bagunça só, realmente de volta ao Brasil, hehe) .

Chegamos na Ilha da Magia por volta de meia-noite e meia de sexta-feira e assim concluímos a trip pela Europa que foi realmente muito boa e divertida. My best trip ever!!!

Abraços. T+

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

London Baby

Daê Rapeize! (...) Rapeize? pau no c# do Cocô Menezes!

Atendendo a inúmeros pedidos (uns quatro), volto a escrever... rs

Realmente o cansaço bateu. Mais de vinte dias de mochilagem não é para qualquer um não! Acho que se fosse em um único país seria mais fácil. O mais cansativo é ficar trocando de país para país, arruma mochila (que incrivelmente aumenta um quilo por cidade, e olha que estou deixando pelo menos 5 cuecas usadas em cada cidade!), pega passagem, pega metro, pega onibus, pega taxi, faz checking, espera, tira tenis, tira cinto, tira moeda, apita máquina, volta, tira a porra da moeda da torre de belém que está no bolso, volta, apita, não é nada, passa, espera, voo atrasa, espera, pega voo, imigração, blá blá blá, pega metro, pega mapa, se perde, pega mapa.... ufa...

Não está fácil, se não tivesse passagem comprada para o dia 14 voltaria hoje mesmo, é sério!

Mas enfim, não vamos deixar estes detalhes atrapalhar o nosso post sobre Londres.

A primeira coisa que impressiona em Londres é a organização e a educação do povo londrino (não Paulo não estou em Londrina-PR). Depois de ter passado pela bagunça da Itália, e pelo "nem aí" dos franceses, o choque é ainda mais nítido. E mais uma coisa antes de pular para o próximo degrau da viagem: "Mind the Gap"

Bem chegamos ao bairro Picaddilly, que ja vale a viagem para Londres. Teatros, Cinemas, Lojas, Lanchonetes, Pubs, Indianos ...


Troquei o que sobrou em Euros por Pounds (nesta brincadeira perdi exatamente 18,12% - mas já era esperado). Afinal de contas acho que a Inglaterra só não adota o euro por causa da cara da Rainha nas notas.

No primeiro dia demos uma volta no bairro e comemos em um restaurante típico de Londres: o Pizza Hut.

No primeiro dia oficial acordamos cedo e adivinha? É o primeiro hostel que o café da manhã é pago. Fiquei puto. E saímos para tomar um café fora. Achamos uma casa que serve Donuts, o café é bem ruim - até agora não tomei um bom em Londres, mas os Donuts são divinos (para quem não assiste os Simpsons - Donuts são rosquinhas parentes próximas dos nossos Sonhos de creme). O engraçado é que aqui eles chamam aquela melequinha de padeiro que vai no sonho de "Bavarian Cream"... hum hum sei...

Quem vem a Londres quer ver o quê? Big Ben! claro! o Grande Ben é muito bonito, pegamos ainda um dia ótimo. Na sequência fomos ao London Eye (a roda-gigante de Londres), mas estava fechada... uma pena. Fica para a próxima.



A tarde fomos ao museu da Madame Tussaud. Bem carinho eu achei, mas é do carajos. Descobri que posso cair no braço com pelo menos 3 personalidades: Johnny Depp, Spielberg e Napoleão. Napoleão mesmo acho que ganho fácil.


Depois do museu almoçamos o prato típico (agora estou falando sério) Fish & Chips. As batatas inglesas são ótimas, são cortadas grossas e são bem sequinhas. Agora o peixe, eu prefiro o que a minha mãe faz.

No segundo dia seguimos em direção a Tower Bridge (desta vez de metrô claro, porque é no outro lado da cidade), pagamos para entrar. E vale a pena, é muito bonito, e conhecer a história dela também vale a entrada. Ficamos um pouco puteados porque os chaveiros dentro da torre estavam mais baratos que as lojas de souvenir no Piccadilly (comedores de curry malditos...).

Almocei um classic burguer (olha, acho que só perde para o Bokas do Kobrasol), bem servido! Fora as fritas que são uma ignorância.

Depois fomos ao museu de história natural. Já estava de saco cheio de ver estátua e quadros... não é que não goste, mas já estou a quase um mês vendo estátua de homem pelado e quadro que não entendo... O Museu de História Natural me surpreendeu, a começar pelo esqueleto de brontossauro na entrada. Animal (literalmente)! Fui obrigado a comprar uma caneca de dinossauro aqui.

E ontem fui em um "Lugar Chamado Notting Hill". Realmente não tem "Nothing" para fazer lá, mas achei umas livrarias bem baratas, e acabei comprando para a minha namorada uma coletânea de contos do Sherlock Holmes.

Estavamos perto do Hyde Park e acabamos por voltar a pé, e fomos até o museu de Ciências (que não deu tempo de ir no dia anterior). O museu é o bicho, mas o que me impressionou foi o IMAX 3D. Vimos o filme Deep Sea 3D, e parece que você está no fundo do mar mesmo, experiência muito bacana. E te dá direito a ficar parecido com o Zé Bonitinho.

Jantamos no Hard Rock Café. Quase chorei quando vi a guitarra do Zakk Wilde na parede, e o baixo do DeeDee Ramone, muito fod@. Pedi o clássico lá. Veio um hamburgão que quase chega no naipe do hamburguer do Bokas. E um copão de Stella Artois.

Ficamos de cara com o atendimento do Hard Rock. A nossa garçonete foi embora, e outra já se apresentou. Explicou que como a nossa garçonete anterior tinha ido embora, ela tinha assumido o lugar dela, e qualquer problema que falássemos com ela.

Logura né?

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Último dia em Paris, Imigração e Eurostar

Depois de alguns dias sem postar estamos de volta.

Esse final de viagem tem sido bem puxado e as baterias já estão ficando um pouco fracas e a preguiça bate na hora de escrever, rsrsrs. Por isso ficou esse grande intervalo de tempo sem postar.

Nunca andei tanto a pé na minha vida, acho que o Moisés também não. Enfim vamos ao que interessa, vou fazer um post bem (muito bem) condensado sobre o último dia em Paris pois estamos atrasados nas histórias aqui.

No penúltimo dia em Paris fomos no museu de Augustine Rodin. Isso, aquele mesmo, o que esculpiu o famoso "O Pensador" e "O Beijo". O museu não é muito grande, mas achei muito legal. O museu também tem um jardim bem grande (pago separadamente do museu) com mais obras de Rodin, mas fomos só na parte interna mesmo.






Após fomos ao Jardim de Luxemburgo, muito bonito por sinal, todo branquinho coberto pela neve. Ficamos imaginando ele no verão como deveria ser.


No inicio da noitinha passamos em frente ao famoso Moulin Rouge. Na região do Moulin Rouge o que mais tem são sex-shop e casas de show, além do museu do sexo. 


No dia seguinte fomos para a estação Gare du Nord pegar o famoso Eurostar (o trem do Canal da Mancha).

Fizemos o procedimento de check-in, logo após passarmos pela polícia francesa, que fez a seguinte pergunta em português (isso mesmo, em português e duas vezes): "Vão viver na Inglaterra?"

E sem titubear um mísero segundo sequer respondi: "Vou passar 6 noites na Inglaterra".

Carimbou os passaportes, pois estavamos saindo do Espaço Schengen, já que o Reino Unido não faz parte do mesmo.  Cinco passos a frente já damos de cara com a imigração Britânica.

Preenchemos um formulário padrão e apresentamos os passaportes.  O agente de imigração perguntou coisas do tipo: o que íamos fazer em Londres (motivo da viagem), quanto tempo íamos ficar (perguntou duas vezes), o que fazemos no Brasil, se temos parentes na Inglaterra, se eu e Moisés éramos parentes e após a nossa resposta (não é claro) de imediato perguntou de onde a gente se conhecia.  Em seguida pediu para ver a nossa passagem de volta.  Vendo a passagem ele questionou o motivo de termos ido para Amsterdã e depois para Lisboa em sequência e não termos ido diretamente para Lisboa.  A resposta foi bem simples, a empresa KLM (holandesa) estava com um preço bem melhor que a TAP (portuguesa). Ele compreendeu e sem mais perguntas carimbou nossos passaportes e fomos liberados.

Foi tranquilo, eu estava achando que a sabatina ia ser bem maior, ia pedir mais documentação (tínhamos todas as que se pode imaginar).  O que eu pude percebi é os agentes buscam encontrar contradições nas respostas, principalmente quando se viaja com mais pessoas.  Respondendo tudo honestamente, sem titubear e não tendo nada a dever com a lei não tem porque ser barrado.   Enfim embarcamos no tão falado Eurostar.





O trem por dentro é confortável, poltronas largas muito espaço para alocar bagagens e tudo mais.  O trem partiu com uns 15 minutos de atraso mais ou menos (a cada cinco minutos ouvíamos um pedido de desculpa pelo sistema de som do trem).  Até Londres o trem para em 3 estações, uma na França e duas na Inglaterra. Na estação da França o trem teve que retornar para a estação Gare Du Nord em Paris,  pois devido a problemas técnicos teríamos que trocar de trem.

Estávamos ficando preocupados pois devido as nevascas aqui na Inglaterra algumas viagens foram canceladas.  Voltamos, trocamos de trem e a viagem prosseguiu sem maiores empecilhos.

Realmente o trem é rápido, o tempo padrão de viagem é de 2 horas e 15 minutos. Mas devido a todos esses problemas a nossa viagem atrasou 3 horas.

Devido ao atraso, o bar foi liberado para os passageiros (tudo free) e eram 300 pedidos de desculpas (em francês e em inglês) pelo atraso da viagem.

Como se não bastasse quando chegamos na estação St-Pancras aqui em Londres os funcionários da Eurostar estavam distribuindo bebidas e algumas guloseimas (Pringles por exemplo) para os passageiros.

Os posts sobre Londres tentaremos fazer antes de voltar, hehe. Tá complicado, mas vamos tentar.

T+

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Torre Eiffel, Arco do Triunfo, Versailles, Champs-Élysées e Brasileirada

Paris é muito grande - demoraria meses para conhecer tudo o que a cidade tem a oferecer (ou o que você está disposto a pagar).  A maior cidade que visitamos até agora, sem sombra de dúvida.  E, infelizmente, temos que dizer, depois de ter visitado alguns dos principais pontos turísticos, que os franceses tem razão.  Paris é uma das (se não for a mais) metrópoles mais bonitas do mundo.  E não é exagero ou empolgação (e olha que estamos sob 5 graus abaixo de zero, em um hostel bem fraquinho, com péssimas roomates, não falamos bost@ nenhuma de francês e sem muitos euros).


Antes de ontem (ou ontônti como falamos em Floripa) resolvemos visitar dois dos monumentos mais bonitos de Paris: O Arco do Triunfo e a Torre Eiffel.

Fomos ao Arco do Triunfo por metrô, que pára praticamente na frente.  É algo bem imponente, talvez nem tanto quanto a Eiffel (já estou íntimo), mas é algo muito bonito.  Pagamos a entrada para subir no monumento (em Paris se paga para tudo), e tivemos uma das vistas "aéreas" mais bonitas até agora.  


Almoçamos na maravilhosa lanchonete "Pomme de Pain" (que é uma rede francesa "fast-food" de baguetes muito boa) na Champs-Élysées, E depois seguimos em direção a Torre Eiffel.

A torre é muito, mas muito alta.  É possível ver pelo menos a sua ponta de, praticamente, qualquer parte de Paris.  Enquanto estávamos na fila, adivinha quem estava na nossa frente?  Brasileiros!

O ingresso para subir na torre é mais barato do que no Arco do Triunfo, e é mais alto, mas pessoalmente ainda prefiro o visual do Arco do Triunfo (até pq tem a torre na paisagem).  O engraçado é que no 2ª andar da torre (o terceiro estava interditado), há lanchonetes, lojas de souvenir, PADARIA! isso mesmo há uma padaria na torre.  Nem me atrevi a perguntar o preço do pão francês ali.


Voltamos pela Champs-Élysées, mas retornaríamos no dia seguinte para ver a rua mais glamurosa de Paris a noite.

Neste meio tempo no Hostel conhecemos mais quatro brasileiros: É PENTA! (Cauê um matemático, André um filósofo, Bruna estudante de administração, e K... não lembro o nome inteiro, estudante de francês).

Combinamos de ir no dia seguinte em Versailles.  Tipo invasão tupiniquim no castelo de Luis 14.  

Tomamos um café, e fomos pegar um Trem em direção a Versailles.  A passagem foi mais barata que eu pensava (um pouco mais de 5 euros ida e volta), mas a entrada foi um pouco salgada (15 euros).

NEVE! ao chegar em Versailles.  Não muita, mas um pouco para dizer que vimos neve.  O castelo de Versailles é uma ostentação-mor.  Já começando pelos portões banhados a ouro.  Dentro é um luxo tão grande que chega a te deixar enojado, e começa a entender o porquê da revolução francesa.  É um mundo paralelo lá dentro, uma redoma.  Tapeçaria, quadros, mármore, ouro, prata, jardins infinitos... absurdo.



E voltando do Versailles, estávamos na capa da gaita (como diria o Rodrigo).  Resolvemos caçar uma loja legal de perfumes (achamos - e fomos atendidos por uma Brasileira - é HEXA!), e ir a noite na Champs-Élysées (que é um espetáculo a parte - quando puder eu upo os vídeos e posto aqui).

Hoje (07/01/10) é dia de lavar roupa (aliás estou escrevendo este post da Lavanderia), e se der tempo vamos ir no Museu do Rodin e se despedir de Paris.  Amanhã cedo iremos pegar o Eurotunel, e ir para Londres.

Au Revoir!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Paris, Louvre, Notre Damme e Russas

Saímos cedo, muito cedo, da Itália. Achei por sorte um ônibus (Bus Shuttle) que ia direto ao aeroporto de Ciampino (Non estópe non estópe! Conforme dito por um Itáliano o que tentava falar em inglês).

Chegamos (acho que pela primeira vez) na hora estimada. Sem atrasos, sem malas perdidas... Mas tudo estava bom demais para ser verdade. Ao receber a minha mochila na esteira do aeroporto a mesma estava com todas as bandeirinhas arrancadas (aquelas legais de uns posts passados – ainda bem que bati a foto). Tenho algumas teorias sobre o motivo de alguém perder tempo arrancando bandeirinhas de mochila: (1) algum francês com raiva do Brasil; (2) algum francês com raiva de Portugal; (3) algum francês com raiva da Catalunha – já que a bandeirinha da Espanha tinha descolado naturalmente; (4) algum francês com raiva de todos estes países; (5) algum colecionador cleptomaníaco de bandeirinhas de mochila. Mas enfim agora com a mochila desnuda, continuamos a viagem.

Tivemos uma boa impressão de Paris (e dos franceses) logo que chegamos no aeroporto de Orly. Fomos atendidos por uma moça muito prestativa, que nos ensinou inclusive (com o auxílio do Google Maps... do Google.fr claro!) a achar o hostel Absolute.


Chegamos no “absolutamente” pequeno hostel Absolute Paris. No início achávamos o máximo. Televisão no quarto (a mais de 15 dias não sabia o que era televisão), quarto com 4 camas, banheiro no quarto, sabonetinho, xampuzinho... Mas era bom demais para ser verdade (de novo). Demos uma pequena volta em Paris, muito bonita por sinal, e quando voltamos ao Hostel descobrimos que tínhamos mais duas colegas de quarto, uma mãe e uma filha russa. Que vivem falando e gargalhando em russo (imagino que sejam piadinhas sobre brasileiros). Tentei conversar com as duas, mas não houve muito sucesso. A mãe não fala uma palavra em inglês (vive tossindo, estamos inclusive com medo de uma febre soviética, sei lá), e a filha vive gargalhando quando eu e o Rodrigo estamos conversando. Acho que é a primeira vez que fico puto com um colega de quarto (nota: o aborígene não nos deixava putos, nos deixava amedrontados). A mãe perguntou para a filha (para perguntar para mim) se eu via muitos macacos e crocodilos no Brasil.

(pausa)

Olha o tamanho da ignorância. Um país com a economia infinitamente superior a Russia, achar que vivemos em meio a uma grande floresta amazônica. É a mesma coisa que eu perguntar se elas viviam na neve, se só bebiam vodka e trocavam AK-47 por comida. A minha resposta foi:

“I never see a monkey in my life” and “In Brasil Doesn´t exist crocodiles”

Pela manhã do dia seguinte acordamos umas 7:30h, fizemos bastante barulho para as nossas queridas roomates, tomamos um café no hostel e pegamos a estrada, destino: Louvre.


Estava muito frio, fazia -5ºC. A nossa roupa estava dando conta, o problema eram as calças. As minhas coxas estavam começando a congelar, ficar dormentes, aí o bicho pegou. Entramos em um Starbucks para dar uma aquecida, gastamos 3,5 euros em um Capucchino. Até ficar quente novamente. Depois seguimos em direção ao Louvre. No caminho achamos uma C&A, e compramos uma ciroulão, e trocamos na loja mesmo. Aparentemente o problema do frio nas pernas foi resolvido (não da forma mais gloriosa, mas foi).

Chegamos nos jardins do Louvre, e foi aquela papagaiada de turista: Foto pra lá, foto para cá, etc. Fomos para a congelante fila do portão de Lyons.


Uma coisa engraçada aconteceu na fila para comprar o ingresso: um gurizão perguntou algo em francês sobre os tickets, e respondi em inglês que esta era a fila para comprar os tickets. Um homem mais velho, aparentemente o pai do rapaz falou em português brasileiro: “Pergunta para ele em inglês porra! Em inglês!”. Aí respondi em português: “Essa é a fila para comprar os ingressos”, e gargalhadas gerais, alegria, e aquela palhaçada quando um brasileiro no exterior descobre outro brasileiro no exterior.

Entramos no Louvre, depois de uma hora na fila, e valeu cada centavo. Melhor museu que fomos até agora sem sombra de dúvidas. Até porque o Louvre funciona como uma espécie de espeto corrido, ou Buffet livre, dos amantes de arte e história (ou simplesmente curiosos). Tem cultura e arte para todos os gostos: Egípcia, Etrusca, Grega, Pintura italiana, Pintura francesa... ufa. Claro que os grandes astros pop do Louvre são a Monalisa, a Venus de Milo e o busto de Ramsés. E realmente a maioria (inclusive nós) tentamos ir primeiros nessas obras. Até porque o museu do Louvre é grande... gigante... gigantesco! Acho que (como todos os guias de viagem dizem, e é uma verdade) alguém pode levar uma vida para explorar com calma todos os detalhes do Louvre.



Depois do Louvre compramos umas bugingangas de turista, almoçamos e fomos em direção a Catedral de Notre Damme (sim aquela do corcunda da Disney, mas não foi Walt Disney que inventou). Muito bonita. Arte gótica, com uns gárgulas nas torres, lembra até um filme do Batman.

Pensamos em ir até a torre Eiffel, mas desistimos. Foi França demais por um dia, o negócio foi ir em um mercadinho comprar o vinho Frances mais barato que tinha (já que é “importado” da França né? Deve ser bom!) e “jantar” no Absolute.


As aventuras no Arco do Triunfo e na Torre Eiffel ficam para um próximo episódio.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Felice 2010! Reveillon em Roma

Enquanto muitos estavam nas filas de supermercados lotados comprando carne e skol (nada contra, eu estava morrendo de vontade de fazer isso), colocamos o despertador para as sete da matina do dia 31/12/09. Quem deu a dica foi um colega de quarto, um francês chamado Laurent (também conhecido por Looloo). A dica consistia em chegar bem cedo no Vaticano para evitar as filas dos fiéis (e turistas) fervorosos.


Tomamos um café no Hostel, e fomos com mais dois brasileiros (Diego e Daniela) que conhecemos no Hostel. Pegamos uma linha que vai até próximo do Vaticano (e o metrô já estava lotado) - Cabe lembrar que Roma só tem 2 linhas de metrô, e o transporte coletivo para as nove da noite no dia 31/12.

Chegamos no Vaticano, e já havia uma fila quilométrica (o Vaticano estava um inferno!). O Rodrigo como um bom católico, e eu como um bom turista ateu, ficamos na espera. Após cerca de menos de uma hora conseguimos entrar no Museu do Vaticano (e não aceitaram novamente a minha carteira de professor-sul-americano-sem-dinheiro-no-bolso-sem-amigos-importantes).



O Museu do Vaticano é de cair o queixo. O mais legal é o acervo que não é cristão (na minha opinião). Uma vasta coleção de obras da cultura egípcia (ok, uma múmia não é necessariamente um "obra"); greco-romana; etrusca... enfim muita coisa. Levou quase uma manhã inteira, até chegarmos a Capela Sistina.

Só tenho uma frase para descrever a Capela Sistina: "Michelangelo é do c@r@lho". E olha que eu sabia que Michelangelo não era só uma tartaruga ninja (não sou tão leigo assim em arte! Cazzo!).

Saímos do Museu do Vaticano, nos perdemos dos nossos novos amigos brasileiros, e paramos em um restaurante que servia pizza (dã! e qual ristorante em Roma não serve!).

Logo depois fomos até a Basílica de São Pedro. Havia milhares de fiéis (todos fiéis, claro!) para entrar na Basílica. O Rodrigo ficou, e eu desisti, não sou fiél e turista suficiente para aguentar mais uma hora de fila. Depois ele me disse que a Basílica é muito fod@ (não com estas palavras, mas o sentido é o mesmo).



Tiramos uma soneca para nos prepararmos para o Reveillon no Coliseu. Acordamos e bebemos com uns colegas escoceses, que gentilmente nos pagaram uma rodada de bebidas (claro que os rapazes de saiote estavam bêbados e se achando ricos).


Depois paramos em um restaurante e comemos um ótima Lasagna. Tudo bem que os garçons eram indianos... mas aqui na Itália, qual garçom não é?

Umas 10:30h fomos até o Coliseu sob uma chuva Colossal (meio cacofônico, não?). E o pior: Não era mais possível entrar por causa da quantidade de pessoas... FARABUTTO!!!

Nem tudo estava perdido. Nosso amigo francês sugeriu que fôssemos até uma praça "perto", que estava rolando alguma coisa. Depois de cerca de uma hora de caminhada, debaixo da chuva, chegamos em um local muito bonito. O local ficava mais alto, acima do Palatino e era possível ouvir o som do Coliseu, e tinha uma vista maravilhosa dos fogos.

Valeu a pena, tenho que admitir: França 1 X Brasil 0.

Foi uma das imagens mais bonitas que terei gravada em minha mente (e não estou sendo sarcástico nesta frase). Fiquem com o vídeo que postei hoje.


Feliz Ano Novo!
Feliz Año Nuevo!
Feliç any nou!
Felice Anno Nuovo!
Bonne année!
Happy New Year!