Chegamos (acho que pela primeira vez) na hora estimada. Sem atrasos, sem malas perdidas... Mas tudo estava bom demais para ser verdade. Ao receber a minha mochila na esteira do aeroporto a mesma estava com todas as bandeirinhas arrancadas (aquelas legais de uns posts passados – ainda bem que bati a foto). Tenho algumas teorias sobre o motivo de alguém perder tempo arrancando bandeirinhas de mochila: (1) algum francês com raiva do Brasil; (2) algum francês com raiva de Portugal; (3) algum francês com raiva da Catalunha – já que a bandeirinha da Espanha tinha descolado naturalmente; (4) algum francês com raiva de todos estes países; (5) algum colecionador cleptomaníaco de bandeirinhas de mochila. Mas enfim agora com a mochila desnuda, continuamos a viagem.
Tivemos uma boa impressão de Paris (e dos franceses) logo que chegamos no aeroporto de Orly. Fomos atendidos por uma moça muito prestativa, que nos ensinou inclusive (com o auxílio do Google Maps... do Google.fr claro!) a achar o hostel Absolute.
Chegamos no “absolutamente” pequeno hostel Absolute Paris. No início achávamos o máximo. Televisão no quarto (a mais de 15 dias não sabia o que era televisão), quarto com 4 camas, banheiro no quarto, sabonetinho, xampuzinho... Mas era bom demais para ser verdade (de novo). Demos uma pequena volta em Paris, muito bonita por sinal, e quando voltamos ao Hostel descobrimos que tínhamos mais duas colegas de quarto, uma mãe e uma filha russa. Que vivem falando e gargalhando em russo (imagino que sejam piadinhas sobre brasileiros). Tentei conversar com as duas, mas não houve muito sucesso. A mãe não fala uma palavra em inglês (vive tossindo, estamos inclusive com medo de uma febre soviética, sei lá), e a filha vive gargalhando quando eu e o Rodrigo estamos conversando. Acho que é a primeira vez que fico puto com um colega de quarto (nota: o aborígene não nos deixava putos, nos deixava amedrontados). A mãe perguntou para a filha (para perguntar para mim) se eu via muitos macacos e crocodilos no Brasil.
(pausa)
Olha o tamanho da ignorância. Um país com a economia infinitamente superior a Russia, achar que vivemos em meio a uma grande floresta amazônica. É a mesma coisa que eu perguntar se elas viviam na neve, se só bebiam vodka e trocavam AK-47 por comida. A minha resposta foi:
“I never see a monkey in my life” and “In Brasil Doesn´t exist crocodiles”
Pela manhã do dia seguinte acordamos umas 7:30h, fizemos bastante barulho para as nossas queridas roomates, tomamos um café no hostel e pegamos a estrada, destino: Louvre.
Estava muito frio, fazia -5ºC. A nossa roupa estava dando conta, o problema eram as calças. As minhas coxas estavam começando a congelar, ficar dormentes, aí o bicho pegou. Entramos em um Starbucks para dar uma aquecida, gastamos 3,5 euros em um Capucchino. Até ficar quente novamente. Depois seguimos em direção ao Louvre. No caminho achamos uma C&A, e compramos uma ciroulão, e trocamos na loja mesmo. Aparentemente o problema do frio nas pernas foi resolvido (não da forma mais gloriosa, mas foi).
Chegamos nos jardins do Louvre, e foi aquela papagaiada de turista: Foto pra lá, foto para cá, etc. Fomos para a congelante fila do portão de Lyons.
Uma coisa engraçada aconteceu na fila para comprar o ingresso: um gurizão perguntou algo em francês sobre os tickets, e respondi em inglês que esta era a fila para comprar os tickets. Um homem mais velho, aparentemente o pai do rapaz falou em português brasileiro: “Pergunta para ele em inglês porra! Em inglês!”. Aí respondi em português: “Essa é a fila para comprar os ingressos”, e gargalhadas gerais, alegria, e aquela palhaçada quando um brasileiro no exterior descobre outro brasileiro no exterior.
Entramos no Louvre, depois de uma hora na fila, e valeu cada centavo. Melhor museu que fomos até agora sem sombra de dúvidas. Até porque o Louvre funciona como uma espécie de espeto corrido, ou Buffet livre, dos amantes de arte e história (ou simplesmente curiosos). Tem cultura e arte para todos os gostos: Egípcia, Etrusca, Grega, Pintura italiana, Pintura francesa... ufa. Claro que os grandes astros pop do Louvre são a Monalisa, a Venus de Milo e o busto de Ramsés. E realmente a maioria (inclusive nós) tentamos ir primeiros nessas obras. Até porque o museu do Louvre é grande... gigante... gigantesco! Acho que (como todos os guias de viagem dizem, e é uma verdade) alguém pode levar uma vida para explorar com calma todos os detalhes do Louvre.
Depois do Louvre compramos umas bugingangas de turista, almoçamos e fomos em direção a Catedral de Notre Damme (sim aquela do corcunda da Disney, mas não foi Walt Disney que inventou). Muito bonita. Arte gótica, com uns gárgulas nas torres, lembra até um filme do Batman.
Pensamos em ir até a torre Eiffel, mas desistimos. Foi França demais por um dia, o negócio foi ir em um mercadinho comprar o vinho Frances mais barato que tinha (já que é “importado” da França né? Deve ser bom!) e “jantar” no Absolute.
As aventuras no Arco do Triunfo e na Torre Eiffel ficam para um próximo episódio.
E o vinho "importado" da França, era bom?
ResponderExcluirO pior é que o vinho mais fuleiro aqui é ótimo...rs
ResponderExcluirQue blog legal Rod! Muito obrigada pela lembrança és mesmo um menino de ouro :)QUando eu tiver um tempinho vou ler o blog, como foi a virada de década? Manda novidades!! Beijos
ResponderExcluiro episódio da fila no Louvre foi hilariante. e o cara ainda falou"porra", só imagino. Viu se o carinha te perguntou em francês talvez pensou que vcs eram um deles, rsrs. Aconteceu comigo todos os 6 dias que ficamos por lá. os franceses perguntavam pra mim,não pra o Armando, onde fica tal rua, qual era a próxima parada do trem, kkkk. francês tem cara de tudo e de todos, é uma mistura realmente. E eu claro, tenho cara de francesa, kkkkkkkk
ResponderExcluirbeijos queridos amigos
ah, muito bonita a foto da catedral com aquele sol de fim de tarde, rsrs
ResponderExcluirEsse hostel que vcs ficaram em Paris é bom?
ResponderExcluirEstou procurando um hostel limpo, bem localizado e barato p ficar lá. Bjss Juliana
ps: estou adorando o blog!!!
Oi Juliana!
ExcluirQue bom que vc está gostando do blog. :)
Preciso de um tempo maior para atualizar, hehe. Nem terminei de escrever sobre minha última viagem.
Sobre o hostel eu não recomendo não. Mais na frente vc vai ver quem eu escrevi um post (http://www.floripabackpackers.com/2011/04/se-hospedando-em-hostels.html) com minha opinião sobre os hostels na qual já me hospedei. Lá coloquei mais detalhes.
Mas procura outro que acho melhor, hehe.
Qualquer outra dúvida só falar.
bjos