Já havíamos comprado passagens de trem no Brasil pela Renfe, para o trecho Lisboa-Madrid. Naquele momento selecionamos a opção "cama turista". A escolha se deu pelo preço (que era bem mais barato que uma passagem luxo) e mais confortável (pois você vai dormindo em uma cama) do que a opção mais barata (cadeiras).
Bem, nem tudo são flores. Quando olhamos para o quarto já deu aquele ar de decepção: um pequeno cubículo com dois beliches e uma pia (no melhor estilo prisão), e o pior tudo coberto por carpetes! CARPETES! Qual o problema? ora bolas, sou alérgico a carpet. Felizmente o problema não foi a alergia.
Achamos que íamos com o vagão vazio, mas entro um cara estilo aborígene no quarto. Para quebrar o gelo, puxei conversa e perguntei daonde ele era. A resposta foi "Australian". Logo, era um aborígene de fato. O cara dava medo, tinha uns cacoetes e uma cara de psicopata. Fora o fato que não levava nenhuma (absolutamente nenhuma) bagagem. Quem faz uma viagem de 12 horas e não leva nada? nem uma escovinha de dente? Mas o pior foi quando ele tirou a roupa para dormir, o cara fedia. Empesteou o quarto inteiro. Eu e o Rodrigo tivemos que ir até o bar do trem e tomar um vinho, para acelerar o processo de sono.
Quando voltei ao vagão, mais uma surpresa: Um novo convidado. Um chinês com a maior cara de membro-de-alguma-gangue-da-tríade-chinesa-que-não-sei-soletrar-o-nome. Resumindo, deitei com as mochilas, amarrei elas no meu corpo e na cama. E pela manhã... nada aconteceu.
Tenho uma idéia sobre esse evento: Acho que o chinês e o aborígene tem mais medo de Brasileiros do que nós deles. Ainda mais em dose dupla. É TRÉTAAAAAAAAAAAA!
Certeza que eles estavam com mais medo de vocês, devem ter ouvido falar de horrores brasileiros como os traficantes cariocas, o funk e o Pedro Bial.
ResponderExcluirdevem ter assistido ao filme "turistas"
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